As tardes

Eu sempre me alegrei com a preguiça das tardes. Não sei o que carregam. As tardes. Têm  uma paz amena, o conforto do meio. Como um meio de vida, quase como a eternidade. Não são começo, não são fim.
As manhãs surgem com expectativas, promessas, metas. As noites chegam com a iminência do fim, varrendo tudo o que ficou do dia, limpando a superfície.
Já as tardes... ai as tardes. As tardes são dos amantes, dos românticos. As tardes não prometem nada. São quentes, cheias de uma esperança gostosa. Esperança de um crepúsculo bonito e uma noite banhada pelo luar.
As tardes se despedem devagar.
Pedem pra ficar.
Ficam em nós.

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